Maquinagem "in situ"
Ao longo dos últimos anos, os alojamento do laminador tinham-se desgastado e sofrido corrosão, o que exigiu calços e placas de desgaste de sobremedida. O laminador de desbaste invertido de 80 polegadas, completo com rolos de margem, é o primeiro estágio da linha de produção em banda a quente, com o aço a passar até sete vezes pelos rolos. Devido ao problema de desgaste causado pela decapagem na entrada, estava a tornar-se difícil apresentar bandas com a qualidade desejada à caixa de bobinas e, subsequentemente, ao laminador de acabamento.
Em 1995 tinham sido realizados trabalhos na área do rolo de trabalho superior utilizando calços e placas de desgaste de sobremedida para eliminar aí os danos. Durante uma inspeção posterior das áreas do rolo de trabalho inferior e do rolo de apoio inferior, determinou-se que os danos e a erosão tinham atingido um valor inaceitável de 4,00 mm. A administração da Corus e a UED sedeada em Sheffield, gestores de projetos da primeira, decidiram que o trabalho de reabilitação necessitaria de remover 6 mm das faces dos alojamentos nas áreas danificadas e a colocação de novas placas de desgaste. A Metalock Engineering foi selecionada pela Corus e pela UED em conjunto para realizar o trabalho de maquinagem ""in situ"" baseado em anteriores operações semelhantes bem-sucedidas na Corus Llanwern.
No entanto, na sequência de uma inspecção após a desmontagem para realizar o trabalho, descobriu-se que a área do rolo de trabalho superior tinha sofrido danos desde o levantamento original. A Corus solicitou que isto também fosse remaquinado como parte do programa de trabalho. Foram feitas verificações para estabelecer que o equipamento e a configuração a utilizar pela Metalock para maquinar as áreas do rolo inferior também seriam capazes de se estender até à área do rolo de trabalho superior.
Foram necessárias algumas modificações e, nas palavras do gestor de projetos da UED, Howard Duke, ""a Metalock prestou um excelente serviço e completou 25% mais maquinagem do que o previsto no âmbito do programa"".
Fresadoras para trabalhos especiais
As fresadoras para trabalhos especiais da Metalock, desenhadas e construídas pelos próprios, estão desenhadas para se fixarem ao alojamento utilizando os orifícios de pernos existentes e os carris de substituição dos rolos e, dependendo das áreas a maquinar, podem ser selecionadas para chegar à altura total do alojamento. Para acelerar o processo de maquinagem, tanto as faces do alojamento de entrada como de saída são maquinadas simultaneamente utilizando cabeças de fresagem acionadas hidraulicamente, equipadas com fresas de 160 mm de diâmetro. O alojamento do lado do operador é trabalhado primeiro e, em seguida, a coluna vertical da fresadora é girada lateralmente para o alojamento do lado do acionamento para continuar a operação de maquinagem.
Adicionalmente à maquinagem das faces, a Metalock Engineering também restaurou os orifícios para pernos M30 nos alojamentos, utilizados para fixar as placas de desgaste, uma vez que durante um exame verificou-se que 60/70% deles tinham um ajuste folgado. Mais uma vez, para acelerar a operação, a perfuração e a roscagem do alojamento do lado do acionamento foram executadas enquanto o lado do operador estava a ser fresado. Uma vez terminada, os equipamentos de perfuração e fresagem foram mudados para perfurar/roscar o lado do operador e fresar o lado do acionamento.
Devido ao desenho e à maneira como a fresadora é montada por meios óticos, os engenheiros da Metalock são capazes de obter tolerâncias reduzidas com base num plano de referência central. No caso do moinho em Port Talbot, o alojamento estava dentro de 0,002 polegadas (0,0508 mm), o que foi possivelmente uma melhoria em relação à montagem original quando o laminador era novo.
